Um dia no parque

Ontem fui ao parque do Ibirapuera com minha esposa para passearmos, foi gostoso, não tem como, eu como professor de sociologia, tenho o habito de observar as pessoas e tudo o que acontece ao meu redor. No parque do Ibirapuera vêm pessoas de todos os lugares, dos mais pobres aos mais ricos, os de classe média, os que vêm de muito longe para conhecer o parque e aos que vem para visitar os museus, que na realidade foi o meu caso, vim conhecer o museu afro-brasileiro.


Observei que no caminho enquanto passeava, eu vi a banda do exercito tocando as grandes obras da musica brasileira, bossa nova, marchinhas, e etc. Eu gosto de observar a democracia que existe no parque, ao qual existem aqui em São Paulo, as pessoas não deviam ser julgadas por classes como Karl Marx defendia, mas também critico muito a visão da globalização cultural, sem dar valor a cultura, de todos temos que ter a mesma cultura, os mesmos valores.

Critico muito essa visão de que temos que nos dividir, eu gosto que a comunidade se una, temos uma diversidade cultural e social tão diversa e tão rica, que deveríamos dar valor a elas, e principalmente a conhecê-las.

Uma das coisas que observei que sinceramente, fiquei bastante surpreso, foi que ao caminho do museu afro-brasileiro, tinha uma apresentação de maracatu, do grupo pedra branca, o que me chamou bastante atenção foi que praticamente 70% do grupo era de pessoas com etnia branca, poderiam sim descendentes de negros, mas poucos que poderíamos perceber, tinham dançarinos até loiros. Parece que os descendentes de negros têm vergonha de serem negros ou de sua cultura, a cultura africana não é uma cultura do diabo como a igreja católica impôs na historia, descriminado para que eles não perdessem o controle de seus fieis. Enquanto entrava no museu, outra coisa que também percebi foi a entrada de poucas pessoas de descendência negra. Eu sei que não devo ser dramático, e nem julgar, mas como professor, gosta de observar e ver as impressões das pessoas, o que as afeta. O que observei bastante, é que as pessoas observavam mais a tristeza da escravidão dos negros, mas poucos observavam e prestavam atenção nas grandes personalidades negras que ajudaram a construir a historia do Brasil, que mesmo sendo descriminados se tornaram ícones de uma época, mas infelizmente não são apresentados nas escolas, como se essa época e essas pessoas nunca tivessem sido existidos, mesmo no acervo do museu, eu não percebi relatando a historia do Brasil entre 1890 e 1950, como se os negros não existiam aqui no país. Senão existiam, para onde eles foram?

O acervo do museu é bastante amplo, eu e minha esposa ficamos praticamente duas horas para observar tudo, e ainda não observamos tudo como total atenção, a cultura africana e brasileira é muito ampla e rica, as pessoas deveriam conhecer mais a sua historia, por que a cultura afro-brasileira são de todos nós.

Vou tentar convencer os meus alunos a irem conhecer, infelizmente por dar aula nas escolas da periferia pobre da capital, os meus alunos são realmente preguiçosos, não vou dizer que são burros, por que não o são. O que faltam a eles é apoio principalmente da família, e que a família comecem a fazer com que eles tenham responsabilidade e respeito pelas pessoas e assim por si mesmo.



Cesar Augusto

cesarshangoo@yahoo.com.br

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