O PAPEL SOCIAL DA UNIVERSIDADE PARTICULAR EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS PRESTADOS A COMUNIDADE

Resumo:
     Este artigo pretende mostrar o papel da universidade particular e de acordo com a resolução do MEC (Ministério da Educação) exercem a sua função junto à comunidade. Como a universidade particular não esta deixando de lado as suas responsabilidades quanto à sociedade, e pela legislação, seu papel integrador.

Palavras Chaves: Universidade, sociedade, particular, responsabilidade, empresa. 

Résumé:
      Cet article met en évidence le rôle de l'université privée etconformément à la résolution de la MEC  (Ministère de l'éducation) exercent leur fonction dans la communauté. Comme une universitéprivée qui ne laisse pas de leurs responsabilités envers la sociétéet la loi, son rôle d'intégrateur.

Mots-clés: université, une société, notamment, responsabilité, entreprise.

1.       INTRODUÇÃO:
Esse artigo tem como objetivo analisar se as universidades particulares estão cumprindo o seu papel social que é exigido pelo MEC, aos quais as exigências são bem especificas. A função de uma universidade é muito mais do que formar acadêmicos e profissionais nas mais diversas áreas, as universidades tem que fazer pesquisas, elaborar projetos que possa ser dividido com toda a sociedade.
        Cabe à universidade acompanhar os movimentos do mercado de trabalho contribuindo para o atendimento da demanda de mão de obra profissionalmente especializada e antever cenários futuros, contribuindo para a formação de especialistas que se dedique à produção do conhecimento em todas as áreas do conhecimento.
        Uma das grandes critica às universidades particulares são que elas estão mais focadas no lucro do que cumprir com a sua função como instituição de ensino superior. Nesse sentido temos que abordar como as universidades particulares estão cumprindo com as recomendações do MEC, tanto de forma acadêmica como social.
  Será que o papel da universidade é somente criar profissionais para um mercado de trabalho aos quais as empresas são donas dos meios de produção e consequentemente, elas que deveriam ser os responsáveis pelo aprimoramento dos seus trabalhadores e não o trabalhador se preparar para poder conseguir um lugar no concorrido mercado de trabalho.

2 . O CRESCIMENTO DAS UNIVERSIDADES

  De acordo com (Souza, 1997) o Brasil teve a partir dos anos 90 do século XX a chamada “explosão do ensino superior” e a grande responsável por essa situação foram à alta concentração urbana da população e principalmente a melhor formação para a mão-de-obra industrial e de serviços, que exigiam profissionais mais qualificados. Houve um grande nicho de mercado as quais as universidades publicas não tinham condições de suprir, e com isso o empreendedorismo das universidades que observaram essa nova situação uma forma de crescimento.
       Com o crescimento do mercado de trabalho e a cada dia criando novos tipos de trabalhadores para os mais diversos setores que as empresas necessitavam. Muitas universidades começaram a investir em cursos profissionalizantes, e assim aumentando o numero de profissionais qualificados.
      Segundo Souza (1997) no período de 1983 a 1989 o Conselho Federal da Educação autorizou e reconheceu 24 novas universidades particulares e o aumento da demanda fez com que os institutos isolados de ensino superior, hoje chamadas instituições de Ensino Superior (IES) passaram a prevalecer, sobretudo no setor da iniciativa privada.
       Esse período foi muito importante para as empresas que conseguiam os profissionais mais qualificados e para as universidades que conseguiam crescer junto com esse novo mercado de alunos.
     Até o ano de 2000 esse processo foi de grande crescimento, conforme o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) de 2004, do MEC, foi realmente a partir do ano de 2003 que houve realmente um grande crescimento no numero de universitários nas universidades particulares, pois com incentivos do governo e bolsas de estudos. As universidades conseguiram captar uma fatia do mercado que estavam fora do meio acadêmico, a recém formada classe C, formada por pessoas que tinham uma renda familiar de 2 a 10 salários mínimos, que há um tempo atrás estava fora do meio acadêmico particular pelos seus altos custos e sem incentivos do governo.
     De acordo com (Mattos) dos mais de 20 mil cursos superiores oferecidos, 75% estão em instituições privadas, revelou, adiantando ainda que esses estabelecimentos empregam 200 mil dos 300 mil professores universitários e 157 mil dos 272 mil funcionários do ensino superior. É necessário que haja investimento no processo de educação universitária particular do governo federal, mas para que isso seja concretizado, as universidades têm que cumprir o seu papel social, investir no cidadão, no processo de amadurecimento de uma sociedade mais justa e não simplesmente saciar alguns interesses privados de lucro.

2.     A RESPONSABILIDADE SOCIAL

    De acordo com o MEC, conselho nacional de educação, câmara de educação supeior resolução Nº 3, de 14 de Outubro de 2010, para se tornar uma Universidade Particular, uma faculdade ou Centros Universitários tem que cumprir vários requisitos. Desde a formação do corpo docente, administrativo, fiscal, e etc. também quanto ao seu papel social na comunidade em que esta situada a Universidade.
    Em 1961 foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 4.024, de 20/12/1961). Essa legislação se caracterizou como a primeira lei geral sobre a educação nacional. Sua característica principal foi pensar a universidade somente nos seus aspectos administrativos e burocráticos. Suas falhas obrigaram as autoridades reformarem a legislação em 1968 através da Lei no 5.540/1968 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior), que instituía a ampliação da rede de ensino privado para atender a 80% dos universitários brasileiros. Os vestibulares deixaram de exigir notas mínimas de aprovação e as provas passaram a ser dissertativas, o que fez cair a qualidade e o padrão do ensino nacional. Segundo Dencker (2002, p. 52), promulgada pelo regime autoritário, a nova legislação reproduziu a situação sociopolítica na educação, seguindo as estruturas autoritárias voltadas para a intolerância, obediência cega e disciplina integral ao regime. 
    Nos termos do artigo 11 da Lei nº 10.861/2004, a qual institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), toda instituição concernente ao nível educacional em pauta, pública ou privada, constituirá Comissão Permanente de Avaliação (CPA), com as atribuições de conduzir os processos de avaliação internos da instituição, bem como de sistematizar e prestar as informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
      Conforme Sancho (1998) a responsabilidade da universidade é estender os conhecimentos que produz à comunidade, contribuindo para a resolução tanto dos crônicos problemas sociais quanto dos que vierem a surgir.
    Cabe à universidade acompanhar os movimentos do mercado de trabalho contribuindo para o atendimento da demanda de mão de obra profissionalmente especializada.
    Cabe a universidade antever cenários futuros, contribuindo para a formação de especialistas que se dedique à produção do conhecimento em todas as áreas do conhecimento. Estimular o conhecimento dos problemas do mundo, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.
    Muitas universidades particulares têm cumprido a regulamentação do MEC e criando suas entidades e projetos para atender a comunidade, com palestras, cursos, bolsas de estudos, e etc. Muitos alunos que estão em fim de formação atendem a população carente, assim criando um vinculo com a universidade, mas temos que reforçar que estão cumprindo sim, mas porque a legislação não é adequada e tem varias interpretações.

CONCLUSÃO:
   Não podemos nos esquecer que vivemos em uma sociedade capitalista, e o objetivo central de uma empresa particular é realmente a busca do lucro, mas existem regras aos quais todas as empresas são subordinadas, as leis que o Estado impõe a todos nos, desde pessoas físicas as jurídicas. E como o artigo tentou demonstrar que as universidades particulares têm sim o seu papel social exigido pelo Estado e deve ser respeitado, senão ela não pode ser considerada uma instituição de ensino superior.
   Podemos perceber que o papel social da universidade não é somente formar trabalhadores universitários para o mercado de trabalho, mas sim formar cidadãos e projetos sociais para toda a sociedade, o conhecimento produzido deve ser compartilhado com a sociedade.
    As universidades tentam sim se adequar aos regulamentos do MEC, mas somente a adequação não ajuda, necessitamos sim, de um projeto mais claro de como fazer com que a sociedade participe das universidades e de seus projetos, mas não de uma forma assistencialista, mas de uma forma mais participativa e conjunta.
    Se formos analisar somente o que esta escrito nas leis e resoluções, podemos confirmar que as universidades estão cumprindo o seu papel social, mas será que é o bastante para a sociedade?
BIBLIOGRAFIA
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