OS PRECONCEITOS NOS AMBIENTES PROFISSIONAIS E SOCIAIS.

 No Brasil temos um processo de socialização repleto de esteriótipos negativos, que podemos chamar de racismo, machismo, homofobia, elitismo, conservadorismo religioso, etc. No nosso processo de socialização primaria e secundaria, todos nos temos enraizados nossos preconceitos, mesmo que sejamos vitimas desses preconceitos, devido ao processo de educação social, e isso acaba refletindo no meio profissional, mesmo que não percebamos.
Vou citar alguns exemplos de profissionais altamente capacitados como no judiciário, foi feita várias pesquisas sobre como eram proferidas as sentenças diversas por delitos iguais, de acordo com as características das pessoas, condição social diferente, cor de pele diferente, gênero, etc. Foi percebido que se um homem branco e um negro cometem o mesmo tipo de delito, a pessoa negra terá uma sentença mais rígida na maioria das vezes. Na vara de infância o resultado é o mesmo, as famílias negras tem sentença desproporcional. Foi relatado que casais aos quais a mãe é negra e o pai branco, os juízes tem tendencia de favorecer o pai. Mas o esteriótipos não estão apenas nas questões raciais, mas também nas de gênero, aos quais as mulheres tem tratamento diverso, mesmo tendo cometido os mesmos delitos, e ainda por cima são obrigadas a serem recriminadas por causa de seu gênero.
Outro exemplo de grupos de profissionais seriam os médicos e enfermeiros, foi feita varias pesquisas que os médicos e enfermeiros também tratam as pessoas de forma diversa devido a sua cor, gênero e classe social. Uma pesquisa americana saída recentemente, diz que as crianças tratadas por médicos negros tem mais chance de sobrevivência do que tratados por médicos brancos.
As escolas publicas e privadas que deveria ser um lugar seguro para as crianças, não estão longe do preconceitos devido a nossa socialização, infelizmente, mesmo a grande maioria dos profissionais serem mulheres na educação, os esteriótipos negativos são fortalecidos na educação, o tratamento é diverso quando se trata de gênero e cor nas escolas, e acaba se reproduzindo na sociedade, normalmente sem perceber um professor acaba dando mais atenção as crianças brancas do que as negras, e punindo a criança negra de forma mais severa do que as brancas, e na questão de gênero, as meninas sofrem o machismo estrutural devido ao processo de socialização que coloca a mulher em papel de submissão ao homem.
Mas muitos vão argumentar que nas suas empresas não acontece isso, que as pessoas são tratadas de forma igual, será mesmo?
Infelizmente nos enganamos facilmente achando que não somos preconceituosos, mas somos, devido ao nosso processo de socialização e que sem perceber acabamos fortalecendo esses esteriótipos negativos, podemos não falar, mas pensamos de forma racista, machista e preconceituosa a vários grupos.
Como as oportunidades vão ser iguais, se os tratamentos são diversos devido aos preconceitos que adquirimos na sociedade? Não vai! Em primeiro lugar temos que aceitar que somos preconceituosos de diversas formas, e após aceitar, criar formas de nos policiar e melhorar.
As politicas de igualdade social não é responsabilidade apenas do poder publico, as empresas tem a sua responsabilidade, pois muitas delas acabam reproduzindo fortemente os esteriótipos negativos impostos pela sociedade, e não é fácil mudar, mas temos que pensar que somos seres humanos com inteligencia, “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar!” Nelson Mandela.
Observe o seu meio de trabalho de outra forma, seja mais criterioso, e verá que ha diversas desigualdades relacionadas aos esteriótipos negativos que fomos educados a acreditar, o tratamento com os seus colaboradores, com os clientes, com seus fornecedores, etc.

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