Violência contra a mulher e a ”Síndrome da classe média”.




Ao discutir a violência contra a mulher e como elas são educadas em uma sociedade com fortes valores católicos cristão, aos quais são educadas a serem submissas ao homem, e principalmente  a terem uma escolha de parceiros de homens mais brutos, grossos e que tenham um perfil de macho alpha.
Nessa hipótese os homens também são educados desde jovens a ver a mulher como uma propriedade a ser conquistada, e após a conquista se tornam sua propriedade. Desde pequenos a sociedade em geral, e a própria cultura de massa passa a informação que a mulher é um objeto sexual, que o seu papel na sociedade é satisfazer os desejos masculinos.
Desde o início do século XX até a contemporaneidade uma parcela das mulheres lutou e conquistou vários direitos civis, sociais, políticos e humanos. Podemos perceber que no início do século XXI as mulheres possuem aqui no Brasil mais direitos do que os homens, mas ainda é um dos países que a desigualdades de gênero e a violência contra a mulher são alarmantes. Isso devido ao fator cultural, as mulheres ainda são educadas da mesma forma do início do século XX, desde bebe as mulheres são educadas a terem um papel secundário, mesmo que não percebam, tanto na estrutura familiar, escolar e de trabalho.
Não podemos desprezar as conquistas de luta pela igualdade nesses últimos 100 anos, mas os problemas não estão nas leis, mas na educação de nossos filhos, a lei não foi feita para punir, mas para que as pessoas compreendam que existe o certo e o errado, e se fizer algo fora das regras sociais, haverá consequências.
Uma parcela da sociedade que teve mais acesso à educação e trabalho sofre da síndrome da classe média, ao qual pensa que todos tiveram as mesmas oportunidades e são educados da mesma forma, não enxergando que há uma grande parcela da população que ainda sofre com a educação cultural machista, aos quais são as maiores vítimas, dos 100 mil estupros anuais que acontecem no Brasil, também ocorre 3 mil feminicídios por ano no Brasil desde 1980, e a maioria dos assassinos são da própria família, de acordo com o fórum brasileiro de segurança pública, e  com a organização mundial da saúde.
Essa parcela da população mais privilegiada ainda enxerga as mulheres como culpadas pelos seus comportamentos e não consegue enxergar que a toda uma estrutura cultural que condiciona as mulheres, principalmente com menos acesso à educação crítica e mais suscetível a valores impostos pela cultura de massa ao qual a mulher é condicionada a ter um papel coadjuvante na sociedade.
Mesmo que uma mulher de classe média consiga chegar a ter uma educação crítica, se formar na faculdade e conseguir um bom emprego, ela ainda vai estar um pequeno grupo de mulheres privilegiadas, mas que ainda podem sofrer ainda pelo fator cultural de escolha de um parceiro com valores tradicionais para a formação de uma família.
Portanto podemos perceber que a violência e desigualdade de gênero é mais cultural do que legal, temos que mudar certos valores culturais, como o homem ser educado a verem as mulheres como cidadãos, com direitos e deveres e não como objetos, temos que ampliar a visão familiar, quebrando paradigmas e tabus.


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