O problema na educação de São Paulo não é pedagógico, mas sim estrutural.

Ao pesquisar as situações e como o governo vem tratando a educação, percebi que o problema na educação está em sua estrutura, se tornou algo extremamente grande, com várias estruturas de organização, de difícil fiscalização.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo possui a maior rede de ensino do Brasil, com 5,3 mil escolas, 230 mil professores, 59 mil servidores e mais de quatro milhões de alunos. Com orçamento previsto de R$ 62 bilhões para o ano de 2017. Um orçamento somente em educação muito maior do que o orçamento de muitos países emergentes.
Ao estudarmos a estrutura da secretaria da educação, podemos perceber que a sua estrutura está sendo usada para ocupação de cargos de confiança e facilidades para corrupção, somente em apostilas o estado tem um custo de 80 milhões por ano.
As diretorias de ensino de todo o estado de São Paulo tem 90 diretorias de ensino, e algumas delas possuem o dobro de funcionários do que outras, algumas chegam a ter mais de 150 funcionários trabalhando na diretoria de ensino e a maioria deles são professores concursados afastados para trabalhar nas diretorias de ensino, trabalhando em cargos como compras, folhas de pagamento, etc. qualquer pessoa pode pesquisar isso nos sites das diretorias de ensino e ver os nomes dos funcionários e verá que muitos deles são professores no site da transparência.
Temos uma estrutura enorme na educação de São Paulo que precisa ser organizada, e essa estrutura acaba criando dificuldades na área pedagógica, os diretores, coordenadores, supervisores são constantemente obrigados a fazer orientações técnicas sobre como trabalhar a área pedagógica nas escolas, mas não há uma mudança para mudar o que está travando a educação, a estrutura engessada da educação. Que engessa o trabalho pedagógico, enquanto a estrutura não mudar, a parte pedagógica sempre sofrera mais.
Os professores são cobrados para melhorar os índices de educação, mas para que aja uma mudança real, a estrutura precisa mudar, o governo gasta milhões para manter uma estrutura falida para privilegiar alguns grupos que estão se aproveitando da educação, e a maioria se torna excluída. A educação é a área que recebe mais recursos públicos, mas os profissionais da educação são os que menos recebem, não por que falta dinheiro, mas por que há uma estrutura monstruosa que suga todo o orçamento.
São praticamente dois mil supervisores de ensino que pela função devem cuidar da parte pedagógica da escola, mas o que deveriam ser a função dos supervisores de ensino é serem os fiscais da educação, não somente da parte pedagógica, mas do orçamento escolar, para que houve uma fiscalização dos recursos. A parte pedagógica temos até bastante fiscais, os professores coordenadores dentro das escolas, os professores coordenadores das diretorias de ensino, que praticamente são cargos figurativos.
É necessário que o estado faça uma auditoria para sanar os gastos desnecessários, e reavaliar as estruturas.


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