Dividir os alunos por aprendizado, será uma alternativa viável?
Muitos professores reclamam com
razão dos problemas que passam em sala de aula, lotação das salas de aula,
falta de respeito como pessoa e profissional, falta de estrutura e comprometimento
em criar formas de mudanças educacionais, e principalmente a diversidade de
alunos com diversos graus de aprendizado na mesma sala.
Na média, um professor tem 100
minutos de aula semanal, ao qual tem que lidar com várias situações cotidianas,
como organizar a sala, fazer a chamada, aplicar e explicar o conteúdo, e ainda
por cima, corrigir as atividades dos alunos, e após revisar e mostrar aos
alunos o que compreenderam e o que não compreenderam, e o porquê não
compreenderam. Ainda tem que tratar os alunos da mesma sala, alguns que mal
sabem ler e escrever e com dificuldades de aprendizado, com alunos que estão em
situações mais avançadas.
Como um professor com pouco tempo de aula pode
lecionar em situações tão adversas. Infelizmente muitos dos professores tentam
padronizar as aulas, alguns lecionam como se todos os alunos fossem fracos e
não trabalham o avançado, e outros trabalham como se todos fossem avançados, e
a grande maioria, leciona de acordo com o currículo, de uma forma bem mediana,
ao qual, todos os alunos, tanto os mais avançados como com os com dificuldades
tivessem o mesmo grau de aprendizado.
Dessa forma se cria um grande
problema, pois os alunos mais avançados não têm condições de aprender mais, e os
mais fracos não tem condições de aprender algo, pois não compreende o conteúdo.
E assim, cria-se muita reprovação e evasão escolar.
Muitas ideias são discutidas como
dividir os alunos por grau de aprendizado, mas isso também não costuma dar
certo, pois muitos professores confundem alunos com problemas de aprendizado
com alunos “problemas” (alunos que não tem interesse em aprender e com grandes
problemas educacionais e comportamentais).
A secretaria da educação não
aceita a divisão de alunos por mais ou menos avançados, pois diz que tira o
direito do aluno de socialização e aprendizado. Mas o que realmente acontece
que o aluno com dificuldades sempre será o mais penalizado, pois o professor
não vai conseguir dar atenção individualizada com uma sala com mais de 30
alunos e uma parte deles com dificuldades e outros avançados e alguns com
problemas de comportamento.
Creio que deva sim haver uma
divisão de alunos, mas de forma mais criteriosa, pois existem alunos que são bem-educados,
com bom comportamento, mas com grandes dificuldades de aprendizado, e alunos
com problemas de comportamento com facilidade de aprendizado. Mas o que
acontece que acabam dividindo mais os alunos pelo comportamento e não pelo nível
educacional e de aprendizado.
Após os alunos serem divididos
por aprendizado, o que deveria ser trabalhado com os de melhor desempenho
seriam os conteúdos mais avançados, ou seguir o currículo oficial, que já está
praticamente padronizado para um nível mais avançado, e os alunos com
dificuldades de aprendizados, os coordenadores e professores deveriam criar uma
nova forma de trabalhar com conteúdo, mas de uma forma mais simplificada e mais
direcionada e assim com o tempo tentar colocar todos os alunos no mesmo padrão.
Um dos grandes problemas é que as
escolas quando separam os alunos, a maioria por comportamento, se torna insuportável
os professores darem aula nessa sala em que se colocam todos os alunos com
problemas, criando muitos problemas e desanimo dos professores e criando ainda
mais problemas para a direção e coordenação.
Temos que criar formas de nossos
alunos aprendam, mesmo que tenhamos que dividir os alunos para uma melhor gestão.
Na realidade a secretaria da educação já separa os alunos dos bons e maus, só
que não admitem, pois, os bons alunos acabam indo para escolas seletivas, como
as ETECs, IFSPs, SESI, e etc. E os maus alunos acabam ficando dependente das
escolas estaduais comuns.
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